domingo, 11 de maio de 2014

Festa Literária

No sábado e no domingo que vem (17 e 18 de maio de 2014) tem - Festa Literária de Santa Teresa. Em sua quinta edição, a Flist é organizada pelo CEAT, um colégio dos mais simpáticos do Rio, onde se formaram amigos meus da melhor qualidade pessoal, intelectual e profissional. E ainda fica num castelo lindo no meio da floresta.

Mas a Flist, voltando a ela, vai homenagear Marina Colasanti e Ziraldo, e fará um tributo ao meu, seu, nosso Dorival Caymmi. 

Programação aqui: http://www.flist.org.br/.

Por isso tudo, é imperdível para as crianças de todas as faixas etárias, incluindo jovens, adultos, idosos e bebês. 

Sempre acho que o livro literário está a serviço de qualquer leitor. Emoção, curiosidade, ansiedade, sensibilidade são sentimentos humanos, que não têm prazo de validade, me parece.


Como se desapaixonar do Menino Maluquinho ou não se identificar mais, de um dia para o outro, com Flicts, a cor rejeitada que descobre que é, simplesmente, a Lua? Flicts, pra mim, sempre foi "O Livro". Infantil? não! O Livro. Exagero? acho que é, mas livro querido é assim, cada um tem o seu.


Bom, da obra literária e poética de Dorival Caymmi, só tenho a dizer o seguinte: ele não precisou fazer 400, 500 músicas. Fez menos de 200. Quase todas falando de sua aldeia. Cantando, com amor, o Mar e o Povo de sua aldeia - os da terra e os do mar. Mas o danado tocou tanto no coração da gente que dá vontade de ser baiana. A Bahia tem um jeito que nenhuma terra, nem o Rio, tem. 

E deixei Marina pro final porque ela é uma descoberta (mesmo) dessa minha fase atual. A fada encantada da literatura. E as fadas, todas as crianças que leram Peter Pan sabem: a fada existe sempre que alguém acredita nela. E Marina, fada vivíssima, liiinda de doer, continua criando poções mágicas em forma de escrita literária. Eu desejo Marina Colasanti para vocês, leitores e leitoras. Faz um bem danado tomar uma dose diária desse feitiço que é a obra de Marina.

Bom, euzinha vou participar: 

No sábado (17), às 10h, de uma mesa com outros autores do selo Flores Ilimitadas, que lançou o Lá no meu quintal (IL. Agostinho Ornellas) e está trazendo meu "filho" novo, na verdade, "filha", A Recontadora de Histórias (Il. Danilo Marques). Depois, junto com a Ninfa e um grupo de amigos, todos lindos, integro o Poesia no Parque (convite aí embaixo) e, em seguida, ataco de Livro de Rua, com Pedro do Livro, Lucia Morais e Arlene Costa.

Ou seja, estou bem mais feliz do que aqueles que "foram felizes para sempre". E torcendo pra essa semana passar mais rápido que estrela cadente. E vamos todos pegar nosso tapete mágico, ou nossa vassoura mesmo, e voar pra Flist. 

A menos que você não acredite em fadas.








segunda-feira, 31 de março de 2014

Escrever

Às vezes acredito que sou muito melhor do que sou
Às vezes acredito que sou muito pior do que sou
Às vezes acredito nas mentiras que conto
Às vezes admito meias verdades e remendo os pontos

Às vezes não encontro as verdades que escondo
Às vezes finjo que me vi sob os escombros
Às vezes penso que ri de mim
Às vezes amordaço a graça

Pior é quando finjo que entendi
Pior é quando juro que esqueci
Pior é quando não percebo que fugi
Pior é quando acredito que sei fingir

Mas de todos os atalhos
Aprendi a remar contra a corrente
A saltar no redemoinho e a rimar com a serpente
A minha terra firme é uma folha em branco

Ardo, adormeço, desacordo, adorno, mordo
De dor em dor, vou dourando e adorando

(março/2014)