segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Lua Branca

Oh, lua branca
Já vou ser breve
mas, esta noite,
Por que me segue?

Na estrada negra
Deserta e quente
Só a lua branca
Persegue a gente

Oh, lua branca
Te acho estranha
Lua envolvente
Você me assanha

Ó, lua branca
É o que sinto:
És muito bela
Nisso, não minto

Ó, lua branca
Se minha fosse a estrada
Seria sua a festa
Nessa madrugada

Lua redonda que se insinua
Neste poema e continua
A me seguir
Na estrada nua

Narro o que vejo
Te emoldura um sol
E os dois me guiam
Como um farol

Está aí ainda, lua insistente?
Até aonde vai, lua carente?

Lua ardilosa
Eu desconfio
Você me engana
Ou eu te crio?

Está cá comigo
Seguindo viagem
Mas não existe
É uma miragem

É nova a estrada
Minguante a vida
Ó, lua cheia
Não há saída

Ó, lua branca
No céu tão alta
De manhãzinha
Me fará sua falta

Só mesmo não entendo
Em que parte está
Você vai comigo
Até onde eu chegar?

Ó Lua branca de primavera
Roubou meu poema
Quer ser mesmo eterna?

Então, me responda
Se é essa sua sina
Pela estrada afora
Seguir a menina?

(2012)

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Ah, periferia


Como eu queria, periferia, que não te ferissem mais



Periferia, eu preferia que todos a vissem assim



 Se eu pudesse te contar, seria apenas essa a minha crônica de ti